
Capacidade Produtiva: Saiba como ela pode ajudar o seu negócio.
Para se analisar como está a empresa é necessário analisar diversos fatores e indicadores de qualidade e performance. Um desses indicadores é a capacidade produtiva da empresa, que é fundamental para se analisar o fluxo operacional de uma empresa.
A equipe responsável pela identificação e análise dos indicadores devem fazer seus estudos de forma aprofundada, para que se tenha a coleta dos dados precisa e condizente com a realidade possível.
É necessário nos atentar ao fato de que uma alta capacidade produtiva não é necessariamente o melhor resultado que se deve obter. Mesmo que por ser um fator que está ligado ao faturamento e lucratividade do negócio, muitos pensem que deve ser muito alto, o ideal é que a capacidade produtiva da empresa se adéque a demanda do mercado.
Essa adequação a demanda é essencial para que a empresa não tenha custos desnecessários, como a produção e estoque de um produto que não está apresentando uma saída satisfatória. Assim, os custos que não tem uma certeza de retorno são economizados, beneficiando a saúde financeira da empresa.
Afinal, o que é capacidade produtiva?
A capacidade produtiva de uma empresa é a quantidade máxima de produtos, ou serviços, que essa empresa é capaz de produzir utilizando uma determinada quantidade de recursos, e em um determinado período. Em um restaurante, por exemplo, é possível medir a capacidade produtiva da empresa a partir do número de refeições servidas por dia. Já em uma indústria, a capacidade produtiva pode ser medida pela quantidade de produtos produzidos em um dia, ou mês.
Qual a importância de se medir a capacidade produtiva da empresa?
Ao avaliarmos a situação atual da empresa, é importante saber como está a sua eficiência operacional. Em indústrias, por exemplo, é essencial que se conheça o quanto uma empresa consegue produzir em uma de suas fábricas, essa informação irá permitir melhores tomadas de decisão.
Dentre as decisões que podem ser tomadas a partir dos resultados da avaliação da capacidade produtiva estão o dimensionamento dos estoques, as possibilidades de redução nos custos de produção e armazenamento, melhor aproveitamento de insumos e matérias-primas e a otimização na rotina de trabalho.
A capacidade produtiva também tem a função de promover o dimensionamento e fornecimento ao mercado de forma adequada a demanda, isto é, adequando o planejamento comercial e financeiro da empresa as necessidades do mercado.
Já que, ao se produzir menos que o necessário pode significar que haverá uma perda de clientes, fazendo com que migrem para os concorrentes. Entretanto, ao se produzir muito, irá gerar custos maiores, o que irá prejudicar o fluxo de caixa operacional da empresa.
E como fazer o cálculo da capacidade produtiva da sua indústria?
Para calcular a capacidade produtiva de uma empresa, se tem diferentes formas de classificar e fazer a sua análise. Vamos a seguir conhecer cada uma delas e qual sua real importância.
Instalada
Esta será correspondente a capacidade produtiva total que a empresa terá de acordo com a infraestrutura da empresa. Isto é, para a capacidade instalada é considerado o potencial produtivo máximo, em que todos os elementos necessários para a produção estejam funcionando e disponíveis de forma plena, sem interrupções, perdas, faltas ou qualquer outro imprevisto.
Por exemplo, em uma indústria de ventiladores, supondo que a produção de um ventilador tome 20 minutos para ser concluído, ao considerarmos que um dia é composto por 24 horas, e cada hora é composta por 60 minutos, ao fim das 24 horas serão produzidos 72 ventiladores. Portanto, a capacidade instalada da empresa é de 72 ventiladores em um dia.
Disponível
Na capacidade disponível, são informados a empresa a capacidade produtiva em um determinado momento. No seu cálculo são considerados apenas os ativos e insumos que podem entrar em funcionamento no mesmo instante.
Assim como a anterior, a capacidade disponível não considera perdas, faltas ou paradas em seus cálculos.

Efetiva
Nesse tipo são caracterizados os níveis de produção em que a empresa efetivamente pode produzir. Baseando-se na capacidade disponível, entretanto são adicionadas todas os fatores que podem afetar a produção, como perdas, faltas, paradas para manutenção e demais interrupções planejadas durante a produção. Por serem fatores que são facilmente previsíveis e controlados, é possível incluí-los nos cálculos.
Mantendo o exemplo da indústria de ventiladores, as indústrias podem apenas operar em um turno de 8 horas e, durante esses tempos são contados 30 minutos de pausa para manutenção periódica dos equipamentos.
Portanto, o que antes eram 24 horas, se reduziram à 7 horas e meia de trabalho. Ao se fazer novamente os cálculos, a produção de ventiladores passa a ser de 22,5 ventiladores por dia. Deste modo, a capacidade produtiva efetiva da empresa é de 22,5 ventiladores, considerando os desperdícios esperados.
Realizada
A capacidade realizada, corresponde a capacidade efetiva, mas considerando também as perdas e paradas que não podem ser planejadas. Nesse cálculo também são considerados interrupção de energia, falta de material, ausência de funcionários e danos na estrutura.
Por ser um cálculo preliminar, com fatores imprevisíveis, a capacidade realizada por uma estimativa, que considerará a probabilidade dos mesmos eventos acontecerem e o histórico da empresa.
Como a capacidade produtiva realizada trata dos desperdícios que não podem ser previstos, vamos supor um blecaute em que se ficou sem energia por duas horas e meia, serão reduzidas essas horas do cálculo de produção efetiva.
Portanto, o que na efetiva era 7 horas e meia foram reduzidas a 5 horas de trabalho. Assim, a produção do dia se torna de apenas 15 ventiladores, havendo uma perda de 7,5 ventiladores em decorrência do blecaute.
E para finalizar
Por fim, temos que a capacidade produtiva é uma forma de acompanhar a produção da indústria e auxiliar nas tomadas de decisão relacionadas às demandas do mercado em relação aos produtos.
Esta é, portanto, um indicador essencial para se monitorar, auxiliando os gestores a compreender como está se comportando o mercado do seu negócio, assim como a relação dos clientes com seu produto, tomando por fim, decisões que visam manter a empresa saudável, sem os custos desnecessários de uma produção em estoque, quando não se há uma grande demanda pelo produto.