
A melhor maneira de desenvolver produtos químicos
Muitas vezes desenvolver produtos químicos é visto como algo trivial e que pode ser aprendido rapidamente. Confira aqui o porquê de isso não ser totalmente verdade, e como executar corretamente.
Desenvolver produtos químicos não é uma das tarefas mais simples e triviais do mundo. Por utilizarem na maioria das vezes componentes não tão acessíveis ao consumidor médio, a produção deles se torna mais complicada do que desenvolvimento de receitas alimentícias, por exemplo. Nos alimentos, os ingredientes são amplamente conhecidos e não apresentam possíveis riscos caso sejam utilizados incorretamente, como pode acontecer ao desenvolver produtos químicos.
Assim, para que isso seja feito da maneira mais correta possível é preciso primeiramente que algumas etapas fundamentais sejam organizadas de maneira a priorizar a segurança dos envolvidos. Posteriormente, essas etapas devem ser executadas por pessoas que possuam conhecimento teórico acerca do que está sendo utilizado, preferencialmente uma equipe que já possua prática laboratorial ou alguma área relacionada.

Caso não ocorra dessa maneira, há grandes possibilidades de correr-se um risco desnecessário, podendo ocasionar acidentes de todas as naturezas. Desenvolver produtos químicos sem etapas bem definidas e equipes corretamente organizadas pode ser, além de um prejuízo, um perigo.
Dessa maneira, é importantíssimo que antes de efetivamente pôr-se a mão na massa, seja feito um levantamento e uma análise de produtos similares ao que se quer desenvolver, estudando sobre marcas de referência que atualmente atuem no mercado, caso já existam. É imprescindível que também sejam analisadas as suas formulações e mapeados os principais componentes, bem como suas classes.
Tendo isso em mãos, é possível ter uma perspectiva mais elaborada do que o produto poderá ser composto, no entanto, como já foi ressaltado anteriormente, para desenvolver produtos químicos é necessário um conhecimento aprofundado. Assim, é fundamental que haja um estudo específico das classes e dos componentes levantados anteriormente, procurando dados acerca de sua segurança, aplicabilidade e até mesmo situação legal dele no Brasil.
Após esse estudo mais individualizado de cada componente, já é possível ter uma boa base para que seja definida— ainda teoricamente—uma primeira possibilidade de formulação. Com ela, é preciso afunilar ainda mais um pouco o conhecimento para que sejam estudadas as interações que os componentes dessa possibilidade de formulação têm entre si quando misturados. Caso contrário, podem ocorrer reações químicas indesejadas potencialmente perigosas, que liberam altas quantidades de calor, gases etc.

Na grande maioria dos casos observados, a intenção de desenvolver produtos químicos é para exploração econômica, seja de maneira direta como venda, seja indireta onde o produto será utilizado como uma ferramenta. Assim, é muito importante elaborar além do levantamento técnico, um levantamento de possíveis patentes já cadastradas. Caso contrário, podem haver patentes protegendo produtos existentes no mercado, impossibilitando legalmente a comercialização do produto em desenvolvimento.
Assumindo que nessa primeira formulação tudo tenha sido levantado corretamente e o produto funcionará sem problemas, é essencial que também seja feita uma análise econômica. Nela, tem de ser levantados os preços dos componentes em diferentes fornecedores, a fim de averiguar os possíveis custos de produção do produto, bem como determinar o provável preço final do produto.

Caso seja inviável, faz-se necessário propor uma nova formulação. Essa etapa é chamada de pivotagem, e é abordada em diversas metodologias de gerenciamento, tendo grande foco na metodologia PDCA, tamanha sua importância. Ela é dedicada ao estudo de uma possível nova formulação tendo em mente os resultados da análise econômica e possíveis casos de incompatibilidade na formulação.
Todas essas etapas, vale relembrar, são teóricas. Isto é, tem uma grande quantidade de informações sobre o produto almejado, mas não se tem ainda o produto concretizado em mãos. Essa materialização do produto se dá justamente no próximo conjunto de etapas: a preparação e análise das formulações. De maneira resumida, é a parte prática necessária para que seja efetivamente possível desenvolver produtos químicos da maneira mais completa.

Em suma, é uma etapa que exige planejamento minucioso, mesmo que já se possua um grande respaldo teórico. Isso é necessário porque na prática há uma enorme gama de possibilidades que não são possíveis de serem mapeadas durante o levantamento teórico. Assim, é imprescindível que haja não somente um detalhado planejamento, como também um acompanhamento altamente cauteloso e preciso das baterias de testes.
Dessa maneira, vê-se como desenvolver produtos químicos é uma tarefa que exige um método altamente minucioso e o mais detalhado o possível. Qualquer pequeno detalhe que passe despercebido pode vir a refletir imensamente em alguma etapa posterior. E, caso feita às pressas ou por uma equipe que não seja altamente qualificada, é certeza de muita frustração e, acima de tudo, prejuízo financeiro.
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