
Grandes lições que podemos tirar de UX/UI dos grandes apps
Para começo de conversa, antes de saber das valiosas lições que os grandes apps têm para nos ensinar, vamos definir o que realmente significa UX/UI. Apesar dos termos serem parecidos, conceitualmente eles são bem diferentes entre si:
- User Interface (UI): é o meio pelo qual o usuário interage ou controla um dispositivo. Isso pode ser feito através de botões, menus, ou qualquer outro elemento que possibilite a interação.
- User Experience (UX): é a experiência do usuário, tudo o que ele sente, ou deixa de sentir, quando se relaciona com o dispositivo/aplicativo.
Em um mundo movido pela transformação digital, é preciso compreender que quem manda em um produto digital é o usuário. Por isso, existe essa grande preocupação em compreender a experiência dele. Essa experiência, quando falamos no uso de um app, inicia no primeiro momento do seu uso. Aqui, alguns fatores são levados em consideração, tais como:
Cores
Quentes ou frias? Multicolor ou monocromático? Essas perguntas fazem parte de um estudo comportamental do usuário. Mas antes de encontrar a resposta, é preciso ter claro na sua mente quem é a sua empresa/seu app e o que ele quer passar para os usuários.
Diagramação/layout:
Como está a disposição das informações? É fácil entender para que serve cada botão? Isso tem muito a ver com a usabilidade do aplicativo e vai um pouquinho de cada, tanto UX como UI. Afinal, de nada adianta ter telas lindas, e que ninguém sabe para quê serve. Lembre-se de que um app não é uma obra de arte: ele precisa ser útil.
Tudo o que o usuário vê deve ser pensado para que as emoções certas sejam disparadas por suas sinapses neurais. Cores quentes ou frias? Projeto visual minimalista ou high tech? Todas essas – e muitas outras perguntas – foram realizadas mais de uma vez pelos designers e programadores dos grandes aplicativos que temos hoje. Posto isso, quais são as grandes lições de UX/UI que podemos tirar dos grandes apps?
Aqui, prefiro separar as lições por aplicativo. Escolhi 3 de diferentes áreas para que possamos analisá-los:
Até sua avó usa
Essa é uma ótima lição: todos precisam saber usar o seu app. Não importa se é um jovem ou um idoso de 90 anos. Se o objetivo do app é a troca de mensagens, todos que desejam se conectar para trocar mensagens deve ser o público alvo. Dessa maneira, independentemente de idade, todos precisam saber utilizá-lo facilmente. Isso é UX e UI!
Dê a opção de não usar
O Whatsapp tem um recurso interessante que combina UX e UI perfeitamente. Estou falando da opção “silenciar conversa”. Apesar do objetivo do app ser a comunicação, ele também dá a opção de não incomodar. Isso é revolucionário quando falamos em experiência do usuário! É dar poder, literalmente, sobre o que fazer com aquela ferramenta que nós escolhemos baixar – mas que optamos não ser perturbados por ela.
iFOOD
Seja agradável, mesmo sem mandar cupom
O iFood é a prova de um app que se importa com a experiência do usuário. Quem nunca recebeu uma mensagem no meio da tarde com algum cupom para o lanche? Mas não era apenas o cupom. A comunicação personalizada faz toda a diferença, gera conexão com a marca e muito engajamento.
Mesmo quando a mensagem era apenas de alguma atualização sobre um acontecimento nacional, o usuário se sente prestigiado por estar em contato direto com o app.
Seja fofo, mas também eficiente
Do que seriam as mensagens e os cupons sem um atendimento eficiente? Durante todo o pedido você recebe atualizações desde o preparo até a confirmação de entrega. Essa manutenção da comunicação é indispensável para um produto digital. Quando lidamos com uma loja física, já temos em mente que o nosso dinheiro está sendo gasto em algo real, palpável. Mas quando fazemos a compra no meio digital, precisamos ter a certeza de que não fomos enganados. Isso o iFood faz muito bem. Ponto pra ele.
BANCO DO BRASIL
Saia na frente e seja referência
Não espere ter o melhor produto: apenas lance. O app do Banco do Brasil foi um dos primeiros entre os bancos tradicionais a serem lançados. E, apesar de não ter sido o primeiro, soube se atualizar rapidamente, escutando seus usuários e fazendo atualizações constantes em sua tecnologia. Que lição devemos tirar disso? Seja rápido, erre e seja ainda mais rápido consertando o seu erro. É dessa forma que se ganha destaque no mundo digital.
Seja simples, ainda que tradicional
É bem provável que, se você for cliente de outro banco tradicional, não encontre um app tão completo e simples de usar quando o do BB. Esse app dá prioridade ao que importa e consegue ser resolutivo mesmo sendo “tradicional”. Por exemplo: quem gosta de filas? Ninguém! Pelo app do BB é possível retirar uma ficha de atendimento sem precisar ir ao banco. Também através do app é possível acompanhar o tempo aproximado de espera e se programar para ir até a agência sem perder muito tempo esperando.
Além desses apps famosos e utilizados por boa parte da população, aqui trago um bônus: os apps de jogos.
Eles são os responsáveis pelo engajamento de maior qualidade (quando você não costuma ter outras distrações e não para até concluir de fase, por exemplo). Alguns dos motivos para essa interação intensa são os seguintes:
1. Sempre existem tutoriais
O usuário/jogador está em constante aprendizado. Seja por um novo caminho destravado, ou por uma nova arma liberada, ou mesmo um novo golpe que usa um botão a mais. Tudo isso gera engajamento devido à sensação de que estamos sendo úteis e que estamos crescendo e melhorando nossas habilidades – ainda que num mundo restrito e virtual.
2. As jornadas são transparentes
Apesar dos desafios serem surpreendentes, o usuário/jogador sabe, desde o início, o que ele precisará percorrer para chegar no seu objetivo final. Transparência: esse é um valor de elevada importância em qualquer tipo de interação.
3. Recompensas
Aqui, podemos até comparar com os cupons do iFood. As pessoas gostam de reconhecimento e, por isso, as recompensas são sempre tão bem-vindas. Isso mexe com o nosso psicológico e ativa sensores mentais que nos fazem querer continuar dentro daquele app. Invista nisso.
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