
Rentabilidade de uma Franquia: Tutorial Completo para Seu Negócio Crescer
Veja o passo a passo completo para viabilizar sua franquia!
Quando se trata de compra de franquias, é comum que se pense que o sucesso será garantido pelo fato do empreendimento já fazer parte de uma rede que possui uma marca consolidada. Contudo, é preciso entender que os principais indicadores financeiros do negócio são críticos para o sucesso ou quebra de uma franquia. Assim, é preciso que eles sejam analisados frequentemente pelo empresário para que seja possível traçar planos de ação preventivos e corretivos para avaliar a rentabilidade de uma franquia, no caso de resultados negativos.
É importante salientar que os resultados financeiros não são obtidos de forma aleatória, pois dependem de diversos fatores que influenciam o negócio. Primeiro, é muito importante obter uma visão sistêmica do que é a franquia, quais são suas principais atividades, parcerias, qual é o público-alvo e o valor gerado para ele, por exemplo. Uma ferramenta muito útil para isso é a metodologia Business Model Canvas, onde elaboramos um Modelo de Negócios da empresa de uma forma simples e visual.
Quais análises preciso realizar antes de verificar a rentabilidade de uma franquia?
Antes de verificar a rentabilidade de uma franquia, é importante realizar uma análise de mercado, conhecendo o público-alvo e suas características; os principais concorrentes e as estratégias para competir com esses; os fornecedores, seu poder de barganha, ou seja, o quanto eles podem influenciar em seu negócio, e os gastos para reposição de estoque. Assim, torna-se possível estimar a demanda, custos iniciais e investimentos necessários, que são fatores críticos para a análise de rentabilidade de uma franquia.
Depois de ter analisado o mercado, torna-se necessário abordar uma perspectiva operacional, onde os processos e recursos do negócio são levantados. Nessa etapa, será definida a infraestrutura, ou seja, descrição do processo produtivo, o maquinário necessário, softwares para controle administrativo, recursos humanos e as normas que os estabelecimentos deverão respeitar.
Após isso, poderá ser estimada a capacidade produtiva e operacional, através de uma análise de quantos empregados, clientes e produtos poderão ser atendidos de acordo com o mercado e a possível demanda. É importante analisar o histórico de outras franquias da rede para que, a partir de dados do passado, sejam projetados resultados futuros, tendo em vista a sazonalidade e todos os fatores analisados até aqui.
Como analisar a viabilidade financeira de uma franquia?
Dessa forma, chegamos à etapa onde o objetivo é projetar a rentabilidade de uma franquia e garantir a boa gestão financeira e a sustentabilidade, além de analisar a viabilidade do negócio a partir dos seguintes indicadores: investimento inicial, despesas fixas e variáveis, projeções de vendas para um tempo determinado, capital de giro, Fluxo de Caixa, Ponto de Equilíbrio, Demonstrativos do Resultado do Exercício (DRE), TIR e VPL.
1 – Investimento inicial
Para o cálculo do investimento inicial, é preciso que sejam levantados custos referentes à compra, legalização e reforma do ponto comercial, equipamentos para segurança, custos com o marketing, custo do estoque inicial – previsto na análise de fornecedores – e taxas cobradas em uma franquia (taxa de franquia, taxa de royalties, taxa de compras e taxa de propaganda, por exemplo).
2 – Custos fixos e variáveis
Os custos de uma empresa podem ser classificados como custos fixos, sendo esses os custos que a empresa incorre independentemente da quantidade de produtos fabricados ou de serviços prestados. São custos que existem pela simples existência e manutenção da empresa. Exemplos: custo com aluguel, seguros, mão de obra, publicidade, impostos como IPTU, entre outros. Ainda há os custos variáveis, que estão diretamente relacionados com o nível de produção, ou seja, crescem conforme o volume produzido. Exemplos: custos de com matéria-prima, embalagens, fretes, impostos como ICMS, IPI, etc.
3 – Projeção de venda
A partir da capacidade produtiva e operacional, do custo, margem de lucro e preço de produtos e serviços prestados, é possível realizar uma projeção de vendas e prever a rentabilidade de uma franquia. É importante determinar quais são os cenários pessimista, realista e otimista e relacionar isso com a demanda e capacidade produtiva do empreendimento. Além disso, é fundamental determinar a atualização inflacionária dos custos fixos e variáveis durante o tempo projetado.
4 – Capital de giro
O capital de giro é o valor necessário para manter o negócio funcionando, considerando as despesas operacionais do dia a dia da franquia, independente se seu desempenho. Assim, diz respeito a uma reserva que visa suprir as necessidades financeiras do negócio ao longo do tempo, até que os gastos sejam cobertos pelas receitas. O cálculo do capital de giro se dá da seguinte forma:
Capital de Giro = Ativo Circulante – Passivo Circulante
Ativo Circulante: aplicações financeiras, caixa, bancos, contas a receber.
Passivo Circulante: contas a pagar, fornecedores, empréstimos.
É importante frisar que o Capital de Giro é influenciado por prazos médios de estocagem, custo de venda, compras e pagamentos. Dessa forma, quanto maior o prazo oferecido para o cliente e o número de pagamentos realizados, mais recursos serão necessários para bancar as contas a receber enquanto o dinheiro não é faturado.
5 – Fluxo de Caixa
Fluxo de caixa é um instrumento de gestão financeira que projeta para períodos futuros todas as entradas e as saídas de recursos financeiros da empresa, indicando como será o saldo de caixa para o período projetado. Com essas informações, o empresário pode planejar, organizar e controlar os recursos financeiros da empresa para o determinado período de tempo.
6 – Demonstração do Resultado do Exercício (DRE)
A DRE apresenta o resumo financeiro dos resultados operacionais e não operacionais de uma empresa. É uma ferramenta contábil utilizada para verificar a saúde financeira de uma empresa, ou seja, ela mostra qual lucro – ou prejuízo – a empresa terá se conseguir realizar o que está sendo planejado. Esse tipo de controle financeiro ajuda os gestores a terem uma visão mais realista sobre as decisões que devem ser tomadas, a fazer previsões mais realistas e a saber se existe viabilidade econômica para determinados investimentos, como a rentabilidade de uma franquia.
7 – Ponto de equilíbrio
O ponto de equilíbrio mostra o quanto é necessário vender para que as receitas se igualem aos custos fixos e variáveis, sendo ele um indicador de segurança. Acima desse ponto, os resultados da empresa indicam lucro e, por outro lado, se os resultados estão abaixo do ponto de equilíbrio, a receita obtida não foi suficiente para pagar as despesas, havendo prejuízo. Em geral, esse indicador é calculado em uma base anual, no entanto, para a micro e pequenas empresas, se torna interessante o cálculo do ponto de equilíbrio mensal, para que se tenha um maior controle e planejamento.
8 – Valor Presente Líquido (VPL)
É definido como o somatório dos valores presentes dos fluxos estimados de uma aplicação, calculados a partir de uma taxa de desconto e de seu período de duração. Os fluxos estimados podem ser positivos ou negativos, de acordo com as entradas ou saídas de caixa. A taxa de desconto (taxa mínima de atratividade) é o custo que esse dinheiro teria em fontes seguras, normalmente utilizam-se as taxas de juros do banco central (SELIC).
Caso o VPL encontrado no cálculo seja negativo, o retorno do projeto será menor que o investimento inicial, o que sugere que ele seja reprovado. Caso ele seja positivo, o valor obtido no projeto pagará o investimento inicial, o que o torna viável.
Matematicamente, o VPL é calculado pela seguinte relação:
9 – Taxa Interna de Retorno (TIR)
A TIR representa a taxa de desconto que iguala os fluxos de entradas com os de saídas de caixa. Em outras palavras, é a taxa que produz um VPL igual a zero, utilizando-se a mesma forma descrita anteriormente, com a TIR sendo a incógnita de taxa de conversão. Para interpretar seu resultado, é preciso fazer uma comparação com a TMA – taxa mínima de atratividade. A TMA representa o percentual mínimo de retorno que um projeto deve gerar para ser aceito em relação a opções alternativas de investimento.
- Caso a TIR seja maior que a TMA, o projeto é viável, ou seja, é economicamente atrativo
- Caso a TIR seja igual à TMA, o projeto se encontra economicamente em uma situação de indiferença
- Caso a TIR seja menor que a TMA, o projeto não é economicamente atrativo, pois é mais vantajoso investir nas opções alternativas
10 – Payback
O Payback indica o tempo necessário para que se recupere o capital investido, sendo seu cálculo dado pelo acúmulo as entradas e saídas, determinando-se o período em que houve a transição de um valor negativo para um positivo. Quando se utiliza esta técnica, a viabilidade do projeto fica condicionada ao tempo em que o investidor espera receber o retorno de seu capital. Assim, um projeto que apresente um payback de 3 anos pode ser viável para um investidor que exija um retorno em no máximo 5 anos e inviável para outro que exija um prazo máximo de 2 anos. Em todo caso, quanto menor o payback, mais interessante se torna o investimento.
Como a Fluxo pode te ajudar a analisar a rentabilidade de uma Franquia?
Ao analisar estes números, torna-se possível possível a redução do risco de escolher um negócio mal formatado ou inviável financeiramente. Porém, é recomendável que se procure a ajuda de alguém que tenha experiência com o assunto e a Fluxo Consultoria pode te ajudar com isso! No Estudo de Viabilidade Econômico-Financeiro elaboramos um Modelo de Negócios, depois fazemos um Estudo de Concorrentes, Estudo de Segmento de Clientes, Estudo de Fornecedores, Plano Operacional e Plano Financeiro, abordando todos os aspectos descritos. Se você quiser entender melhor sobre essas etapas e como elas são realizadas, entre em contato conosco.
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