Tudo sobre as Construções de Hospitais de Campanha no Brasil na pandemia do Covid-19

Com o avanço da pandemia do novo coronavírus pelo Brasil, medidas de prevenção e de administração dos leitos hospitalares se tornam cada vez mais essenciais.

• O que é um Hospital de Campanha e sua importância no momento atual?

• Exemplos de Hospitais de Campanha pelo Brasil

• Os esforços da Engenharia na construção dos Hospitais de Campanha

O que é um Hospital de Campanha e qual sua importância no momento atual?

Um hospital de campanha, ou também chamado, hospital móvel, é uma construção rápida de unidade hospitalar que tem por objetivo atender pacientes em situações extremas, como no caso de alguma calamidade pública ou na situação atual do mundo, utilizando sistemas construtivos inteligentes.

Esse tipo de construção se torna extremamente importante e relevante no cenário atual no Brasil, pois tem como objetivo disponibilizar leitos e desafogar o sistema de saúde do país, além de ser composta em sua maioria por peças pré-fabricadas de fácil construção. Com o avanço do número de casos confirmados, a demanda hospitalar vem aumentando, porém nenhum sistema de saúde no mundo está preparado para conseguir atender a demanda de pacientes no caso de uma pandemia.

No Brasil, o Sistema Público de Saúde (SUS) não está preparado para fornecer atendimento a todos considerando um cenário grave de avanço da doença. Dados do começo de março afirmam que do total de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) disponíveis no sistema, cerca de 95% já estariam ocupadas.

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Analisando a situação entendemos como as medidas de proteção à propagação do novo coronavírus se fazem importante. Somente assim, podemos achatar a curva de infecção e mitigar as consequências de um possível colapso no sistema de saúde.
Sendo assim, esses hospitais temporários foram construídos pelo mundo inteiro e se tornaram uma das principais medidas adotadas pelos governos no cenário atual. Alguns estão sendo administrados por hospitais particulares e associações de saúde, além de contarem com o investimento do Governo Federal e empresas privadas.
Os pacientes encaminhados para esses hospitais provisórios devem ter passado por uma triagem no sistema de saúde e assim serem transferidos para uma unidade móvel exclusiva para pacientes com COVID-19.
Exemplos de Hospitais de Campanha pelo Brasil
A cidade de São Paulo foi a primeira do país a apresentar um caso de coronavírus e a partir desse momento se tornou o epicentro da doença. Sendo assim, a capital foi uma das primeiras a construir uma unidade móvel de saúde e até o início de maio conta com três hospitais de campanha já construídos.

O primeiro se localiza no estádio do Pacaembu e conta com um total de 200 leitos. Apesar de ser o segundo, o maior hospital de campanha construído na capital foi no Centro de Exposições do Anhembi com capacidade para 1.800 leitos, ambos foram construídos pela Prefeitura de São Paulo.

Ainda em São Paulo, um terceiro hospital de campanha entrou em funcionamento no dia 1 de maio, o Hospital de Campanha do Ibirapuera. Localizado na Zona Sul da cidade, a construção conta com 268 leitos para casos de baixa gravidade. Sua construção ocupa uma área de 76 mil metros quadrados e custou R$ 12 milhões, sua manutenção está estimada em R$ 10 milhões mensais.
Com o avanço do número de casos no Rio de Janeiro, o Governo do Estado prevê a construção de 9 unidades de saúde móvel com a participação de prefeituras e Governo Federal.
O primeiro hospital de campanha inaugurado no Rio foi o Hospital Lagoa-Barra com atendimento exclusivo para pacientes do SUS infectados com COVID-19. A unidade possui 200 leitos e foi construído em apenas 19 dias pela rede privada, além de ser administrado pela Rede D’Or.

Ainda no Rio de Janeiro, foi inaugurado no início de maio o hospital de campanha do Riocentro. Apesar de possuir capacidade de operar com 500 leitos, a unidade começou o funcionamento com apenas 100. Os demais leitos serão ativados conforme a demanda e chegada de equipamentos e respiradores da China.
A construção dos hospitais pelo país só aumenta, fatores como número de casos, localização remota e dificuldade de acesso à tratamento são alguns dos fatores de decisão da sua implementação.
Os esforços da engenharia na construção dos Hospitais de Campanha
A engenharia presente nos hospitais de campanha deve ser pensada conforme o grau de complexidade do atendimento. Em unidades de baixa complexidade sua estrutura pode ser provisória, utilizando lonas e módulos pré-moldados.
No caso de alta complexidade, seu projeto deve ser mais cuidadoso e detalhado, levando em consideração as exigências e demandas de UTIs. Considerando um grau de complexidade elevando, esses centros de tratamento precisam considerar áreas de higienização e desinfecção, espaços para estoque de medicamentos, EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) e materiais de consumo, além de áreas de suporte e conforto para a equipe médica.

Várias empresas de engenharia estão atuando para construir hospitais de campanha pelo país. Um exemplo é a empresa Progen Engenharia. Por se tratar de um empresa paulista de montagem e manutenção de obras, ela exerce um papel importante no controle do consórcio que administra o hospital temporário do Pacaembu, junto com o fundo Savona, além de receber diversas propostas para a construção de novas unidades e realizar um projeto de novas UTIs no estacionamento do Hospital Albert Einstein.
O papel das empresas de engenharia é fundamental nesse momento atual do Brasil. Uma construção rápida, que priorize a qualidade e as funcionalidades da infraestrutura são essenciais para proporcionar um atendimento de alto padrão e conforto em um momento tão difícil.
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