Introdução
O Clube orgânico é uma startup de e-commerce de alimentos orgânicos que distribui produtos para mercados e opera um site próprio, no qual vende direto para seus clientes no varejo e em planos de assinatura. A empresa teve um crescimento muito acelerado em 2020 o que fez com que precisasse de um novo centro de distribuição para acomodar suas atividades de produção e de escritório. O Clube, que antes funcionava em dois espaços de aproximadamente 80 metros quadrados no Mercado de São Sebastião, encontrou no mesmo local um CD de 300 metros quadrados para ser sua nova casa.
O CEO da empresa, Rodrigo Medeiros, encontrou a Fluxo para ajudá-lo na mudança construindo o melhor layout possível para a operação e, também, para entender quais seriam suas possibilidades de expansão da empresa sem estourar a capacidade do novo espaço.
O projeto
Para esse projeto foi formada uma equipe multidisciplinar com consultores das áreas de engenharia de produção e engenharia de alimentos. A primeira equipe trabalhou para criar um arranjo físico que aproveitasse ao máximo o espaço considerando as limitações da companhia e a otimização dos processos. Já a segunda, para promover o melhor tratamento e conservação dos produtos orgânicos.
Durante a execução a equipe visitou o centro de distribuição antigo diversas vezes para entender todas as atividades que aconteciam lá, as quais teriam que ser transferidas para o novo local. Com isso, foi feita a modelagem desses processos em BPMN e diversas oportunidades de melhorias foram encontradas e sugeridas para aplicação nos processos.
Em seguida, foi feita uma análise dos dados de compra e venda da empresa para dimensionar as áreas que seriam destinadas ao estoque e as operações como recebimento, expedição e embalagem. Com esses dados também foi possível identificar o espaço que ficaria ocioso e dimensionar a possibilidade de crescimento da operação em cada um desses setores.
Além disso, foi feito um estudo das normas que se aplicam ao local e teriam que ser respeitadas pelo layout. A partir de um levantamento de todos os produtos que seriam armazenados e manipulados no local foram considerados os aspectos sanitários, da manipulação dos alimentos e das instalações. Assim, foi elaborado um relatório instruindo sobre essas questões.
Por fim, foram analisados todos os tipos de produtos que seriam estocados e manipulados no local, a fim de separá-los em grupos de produtos para garantir a melhor conservação na armazenagem. Assim, foram separadas oito categorias de alimentos divididas por aspectos como a liberação de gases que promovem o amadurecimento e odores fortes. Cada grupo recebeu uma posição específica de armazenagem na câmara fria que mais se adequava às suas características.
Com todos esses estudos foi possível, então, iniciar a construção de alternativas de layout. Foram apresentadas diversas configurações de organização do espaço alternando as posições das áreas dimensionadas para cada setor explicitando sempre suas vantagens e desvantagens para que a empresa tomasse a melhor decisão. Ao fim desse processo foi escolhida a versão que necessitaria de menos obras e que ainda possibilitaria um aumento de mais de 20% em cada área funcional.
Resultados
Ao fim do projeto, a empresa recebeu um layout em CAD que dentro de sua realidade apresentava a melhor possibilidade de adequação do espaço para suas operações e para a conservação dos seus produtos. Além disso, adquiriu também uma consciência do quanto ainda poderiam expandir antes da necessidade de uma nova mudança.
Gerente: Alícia Mettrau Vargas
Consultores: Joyce Cheve de Sá e Philippe Tavares Lorga
Cliente: Rodrigo Medeiros (CEO do Clube Orgânico)
Conhecimentos utilizados nesse projeto
- Modelagem de processos
Foram representadas, através de fluxogramas, as atividades que compõem o processo que a empresa desejava otimizar, possibilitando uma melhor análise do sistema.
- Estudo de atividade metabólica
Através do estudo da atividade metabólica de cada uma das frutas e hortaliças, foi possível uma separação e organização do layout para que elas tivessem uma menor taxa de degradação e, por consequência, um aumento no tempo de prateleira.