Como os clientes chegaram à Fluxo
Os clientes Rodnei (Nei) e Gabi são os donos da marca Nei Matte que comercializa mate caseiro tanto na praia quanto em frente à saída da Pontifícia Universidade Católica desde 2017. A marca já é um símbolo carioca e conquistou o coração de diversos clientes por sua energia e simpatia.
Preocupados pela sazonalidade e pelo fato de que os seus mates eram fabricados apenas para consumo imediato, eles procuraram a Fluxo com um desafio. A marca está em crescimento exponencial e, para que pudesse acompanhar essa tendência, os clientes desejavam passar a comercializar seus mates para outros estados e, para tal, necessitavam que seus mates tivessem sua vida de prateleira estendida e se adequassem ao que propunha a legislação federal.
Nei e Gabi em frente à Pontifícia Universidade Católica
Desafios
Quando contataram a Fluxo, seus mates (sabores natural e limão) duravam apenas 5 dias se armazenados na geladeira. Além disso, como não possuíam embalagem própria, eram comercializados em copos descartáveis. Ademais, precisavam alinhar suas bebidas com o que era proposto pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) com relação aos padrões microbiológicos. Assim, o projeto fechado conosco foi o serviço de Método de Conservação.
Resultados
Inicialmente, o projeto voltado para a parte mais teórica garantiu que determinados pontos fossem solucionados de imediato. Dentre eles, a sugestão de aditivos envolvia um blend (combinação) entre conservantes que tornava a formulação final sinérgica, ou seja, a associação de tais conservantes potencializava a conservação do produto final.
Além disso, durante o estudo de embalagens, optou-se por uma embalagem que combinasse versatilidade e custo-benefício. Sendo importante enfatizar que para esta etapa foi feito um extenso estudo de fornecedores para que os clientes pudessem avaliar quais satisfaziam ainda mais as suas necessidades. Diversas formas e volume do mesmo material de embalagem foram sugeridos com o intuito de que os clientes escolhessem a que mais de adequasse a marca também.
Nesse sentido, o estudo estava quase completo. O que estava pendente era o estudo da higienização para que se pudesse sugerir o processamento mais adequado. Para isso, foi realizada uma visita diretamente ao local de fabricação, onde a consultora do projeto pôde acompanhar ao vivo a produção e fazer sugestões enquanto as bebidas eram preparadas. Além disso, após o levantamento de todos os pontos de atenção, os mesmo foram listados em um manual de higienização (boas práticas) personalizado à realidade dos clientes.
Consultora Nina da equipe do projeto e os clientes Gabriela e Nei na visita para estudo da higienização
Após o estudo teórico ser finalizado, um laudo explicativo de métodos de conservação compilando todas as informações estudadas foi redigido e entregue aos clientes. Assim sendo, em uma reunião antes da compra dos aditivos e das embalagens, explicou-se aos clientes como deveria ser feita a incorporação dos conservantes na receita, como seriam higienizadas as embalagens e como seria feito o envase.
Desse modo, com os produtos aprimorados já prontos, a equipe do projeto levou os mesmos para o laboratório certificado para que fossem feitos os testes de prateleira. Esses testes são cruciais para atestar a duração dos produtos perante a ANVISA. Isso porque será seguida uma série de padrões microbiológicos para validar que o produto está apto para consumo.
Assim, o produto inicial que antes durava somente 5 dias se conservado em geladeira passou a durar 45 dias fora da geladeira e se adequava ao que é exigido pela legislação.
Só que como Fluxo, queremos sempre tornar a solução mais aplicável a nossos clientes. Por isso, notamos que havia a necessidade de que o produto fosse registrado perante os órgãos reguladores só que os requisitos eram muitos. Assim, para que os clientes pudessem saber o que era exigido antes de iniciarem o processo de registro de seu produto, foi elaborado um guia de registro para bebidas. Onde, compilou-se o passo-a-passo requerido para que o produto pudesse alcançar a escala industrial e que tivesse validação antes de ser vendido interestadualmente.
Sendo assim, o produto final além de possuir maior validade, ter componentes que não interferiam no sabor e uma embalagem adequada, se adequava perante os órgãos regularizadores.
Foto do dia da entrega do projeto que apresentava o relatório final – resumo de todo os estudos e relatório parcial teórico – , os laudos dos testes de prateleira e o guia de registro para bebidas.